Carro, roupas, a viagem das próximas férias. Você sabe qual a maneira mais inteligente de consumir esses bens?
Nem só de trabalho e planilhas vive o ser humano, né? Um vestido novo, um brinquedo diferente para nosso filho ou a estadia de um hotel podem até estar nos planos, mas é preciso ficar atento para escolher a maneira mais inteligente de adquirir esses produtos ou serviços sem desrespeitar nossas finanças.
“Em qualquer situação precisamos confrontar nossas opções financeiras, avaliar nosso padrão de vida, sermos realistas e, a partir disso, tomar uma decisão”, explica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil. Abaixo, o caminho das pedras para você se dar bem e, claro, gastar menos:
VIAGENS. QUAL A MELHOR OPÇÃO PARA SE HOSPEDAR?
Ficar em hotel é uma mordomia só. Você pode ter café da manhã garantido, não se preocupa com a arrumação do quarto e curte suas férias sem estresse. Mas a brincadeira pode sair bem pesada para seu bolso. Por isso, atualmente, buscar apartamentos e casas para alugar pode sair muito mais em conta do que pagar pela estadia nos hotéis. Para isso, o segredo é pesquisar em sites como o Booking.com e o Decolar.com e depois comparar com albergues, casas e opções mais em conta. Por fim, você decide qual a opção mais barata e interessante para você, sempre considerando o valor do transporte, das refeições e da hospedagem em si. Para saber mais, acesse: Faça uma viagem inesquecível sem gastar mais do que pode.
“Há 2 meses eu organizei a despedida de solteira de uma amiga no Rio de Janeiro e tinha certeza que alugar uma casa sairia mais barato. Para isso, fui atrás de casas no AirBNB, indicações de conhecidos e sites de locação para feriados e férias. Nessa pesquisa, a diária mais barata era R$150. No fim das contas, encontramos um hostel (albergue) que tinha quartos coletivos para 4 meninas e cada uma gastaria R$50 por noite, já com café da manhã. ”, conta Carola Gastaldi.
Já para Amanda, ficar em hotel nunca mais foi uma opção depois que ela conheceu o AirBNB. “Pra mim, ficar na casa de alguém que mora no local que eu quero visitar já é uma experiência e tanto. Além disso, mesmo pesquisando, buscar opções no site sempre sai mais em conta do que ficar em hotel.”
MELHOR JEITO DE SE LOCOMOVER PAGANDO MENOS
Na hora de viajar
Quando se fala em viagem, um carro alugado pode ser uma mão na roda. Por exemplo: se você vai viajar e o local que pretende visitar tem grandes estradas e avenidas, mas não tem um transporte público expressivo, o aluguel de carro, provavelmente, valerá mais a pena. Por outro lado, se você vai para um local que tem metrô, ônibus e fácil acesso aos lugares turísticos, nem pense no aluguel.
No dia a dia
Quando o assunto é trabalho e rotina, essa conta fica ainda mais fácil. Por que você alugaria um carro? E se alugar, quanto isso vai te custar? Será que não é mais fácil utilizar o transporte público, taxi ou Uber? Rafael Batista, que há 3 anos alugava carros com frequência, resolveu fazer as contas.
“Há três anos eu resolvi vender meu carro e passei a alugar carros de 2 a 3 vezes por semana para fazer reuniões. O aluguel de um carro, na média, custa R$40 o dia, no fim do mês, eu gastava mais de R$300 por mês. Isso sem contar a gasolina e estacionamentos que faziam essa conta chegar aos R$500 facilmente. Esse ano, com a crise, comecei a usar o Uber. Com ele, gasto menos da metade desse valor por mês e ainda tenho comodidade”.
Aqui, outra opção é investir no transporte público e diminuir, tanto as corridas de Uber, quanto o aluguel de carro.
ROUPAS, VESTIDOS DE FESTA E ACESSÓRIOS: COMPRAR OU ALUGAR?
Atualmente, dá para alugar vários tipos de roupa. Desde vestidos de festa que, na maioria das vezes, sai mais em conta porque você não usa com tanta frequência, até sapatos, acessórios, bolsas. Por isso, ao cogitar alugar vestidos, acessórios e outros itens da moda, é preciso levar em consideração essas perguntas e, depois de muito pesquisar, tomar a decisão:
Vou usar esse item mais de uma vez?
Eu preciso mesmo de um vestido ou peça de uma marca famosa?
Será que já pesquisei em todos os lugares que podia? Em muitos casos, podemos encontrar vestidos de boa qualidade e bom preço em brechós, por exemplo.
Será que preciso mesmo comprar ou alugar uma bolsa e sapato novos toda vez que tenho uma festa?
Depois, pesquise, tanto em lojas de aluguel quanto em lojas de compra. Algumas delas, até, te dão a opção de alugar ou comprar. Nesses casos, o aluguel costuma valer a pena porque sai por menos da metade do preço da compra. Por fim, pense e faça comparações: na sua pesquisa o valor do aluguel é “só” R$100 a menos do que a compra. Então, vale a pena comprar, certo? Nem sempre. Se você vai usar a peça apenas uma vez, os R$100 serão uma baita economia, não é mesmo? “Por outro lado, você pode vender a peça depois no Mercado Livre, por exemplo, ou, claro, usar mais vezes”, pondera Marcela.
“Eu sempre preferi alugar roupas e acessórios para não repetir o mesmo look em duas festas. Atualmente, além de mais prático e mais sustentável, alugar garante menos gastos e espaço sobrando no armário. Por que eu compraria um vestido sabendo que não vou usar novamente?”, conta Fernanda Oliveira.
CUIDADO COM AS CILADAS DO ALUGUEL
Ok. É importante que a gente compre, alugue ou adquira alguns produtos e objetos de desejo, mas, nessa onda de conseguir tudo que quer, alugar bolsas, joias e até outros acessórios pode ser perigoso. Entre esses perigos estão, por exemplo, bolsas de grife. Pensando nessa tendência, existem, hoje, alguns sites que alugam esse tipo de acessório por preços muito mais em conta. O problema é que, quando você aluga uma bolsa de marca e gasta, por exemplo, R$200, ainda está gastando um dinheiro que pode estar acima do ideal para sua saúde financeira. Por isso, se adequar ao seu padrão de vida e se conscientizar é sempre a melhor saída!
“Eu comecei a enlouquecer com um site de aluguel de bolsas que saíam por muito menos da metade do preço de bolsas de marca que eu amo. Quando vi, estava gastando 200, 300 e, muitas vezes, até 500 por mês só para desfilar bolsas de marca. Por isso, hoje, acredito que temos que tomar cuidado com alugueis que nos satisfazem momentaneamente. Um carro automático, uma bolsa, um vestido de marca, uma jóia. Precisamos mesmo disso? Não é muito melhor viver dentro do nosso padrão de vida e ter dinheiro guardado para um imprevisto ou, até, para realização de um sonho?”, reflete Flávia Ramos.
ALUGUEL SUSTENTÁVEL
Além do aluguel como forma de economia, atualmente, precisamos parar e pensar no aluguel como forma de praticidade e sustentabilidade. É isso mesmo! Ao comprar menos você pode, além de gastar menos, economizar tecido, materiais não recicláveis, conservar recursos naturais e ainda diminuir o consumismo, priorizando o consumo consciente. Ainda nessa proposta é possível encontrar, além do aluguel, iniciativas que incentivam a troca de produtos e o reuso de roupas e peças de terceiros. Abaixo, dois exemplos:
Descolaai – o site se propõe a trocar serviços, experiência e produtos.
Clube do Brinquedo – o site tem brinquedos de todos os tipos para aluguel. É só entrar,escolher o brinquedo por faixa etária e receber o produto em casa. Depois da criançada brincar por 1 mês ou mais, é só devolver e pegar outros!